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quarta-feira, 25 de julho de 2012

SELO UNICEF: SENHOR DO BONFIM REALIZA II FÓRUM COMUNITÁRIO E CONFIRMA COMPROMETIMENTO COM A POPULAÇÃO INFANTO-JUVENIL

Os desdobramentos do Plano de Ação elaborado no I Fórum Comunitário – Selo Unicef Município Aprovado foram explanados e postos em avaliação no II Fórum Comunitário 2012. O evento foi realizado nesta terça-feira (24), no Campo Clube de Senhor do Bonfim, pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Senhor do Bonfim (CMDCA).
Cerca de 40 avaliadores, representando seguimentos governamentais e da sociedade civil organizada, além de crianças e adolescentes compuseram a banca. Também participaram do fórum a mediadora do Selo Unicef, Jô Brasil, a presidente do CMDCA, Dária Andrade e a articuladora do Selo Unicef em Senhor do Bonfim, Maria das Neves Aquino.
Estandes temáticos, dança e peças teatrais apresentaram aspectos socioculturais bonfinenses. As apresentações culturais retrataram eixos baseados no Plano de Ação: Educação para Convivência com o Semiárido; Cultura e Identidade – Comunicação para a Igualdade étnico-racial; Esporte e Cidadania.
A Comissão Pró-Selo de Senhor Bonfim teve um papel fundamental para a concretização do II Fórum Comunitário. Em parceria com os conselhos municipais e instituições parceiras a comissão se mobilizou para elaborar um diagnóstico das atividades planejadas e desenvolvidas ao longo de quatro anos.

Ao todo foram nove metas percorridas em conjunto pelas secretarias municipais, durante o período compreendido entre 2009 e 2012:

1.    Erradicar a extrema pobreza;
2.    Atingir o Ensino Básico Universal;
3.    Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia da mulher;
4.    Reduzir a mortalidade infantil;
5.    Melhorar a saúde materna;
6.    Combate HIV/AIDS, a Malária e outras doenças;
7.    Garantir a Sustentabilidade Ambiental;
8.    Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento;
9.    Promoção da paz e a proteção contra a violência.
“Todas as atividades que foram desenvolvidas foram muito bem avaliadas. Tivemos avaliadores que conhecem o trabalho de todo o governo, de todas as secretarias e acredito que essa culminância será bem positiva para nosso município. Lutamos muito para que Bonfim continue com a posse do Selo Unicef. Além do significado que ele tem nas prioridades enquanto recursos, enquanto obras, também é a garantia de que estamos lutando pelo desenvolvimento de políticas públicas que garantem os direitos das crianças e dos adolescentes da nossa cidade e isso é o mais importante” – analisou a Articuladora do Selo Unicef, Maria das Neves de Aquino.
Uma amostra – São inúmeros os projetos em prol da criança e do adolescente que foram postos em prática pelas secretarias. Dentre eles estão: a implantação do Conselho de Segurança Alimentar; a aquisição de gêneros alimentícios oriundos da agricultura familiar com destinação à merenda escolar; implantação dos projetos Viva Criança, Crescendo Feliz e Rede Cegonha; a instalação do Centro de Aperfeiçoamento Escolar para atender as crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem; implementação do Projeto Baú de Leitura; construção da1ª escola de tempo integral (Nívea Seixas) e da creche no Loteamento Emanuelle; Projeto Educando nos Trilhos; Capacitação de professores para atender alunos com deficiência; implantação de Salas de Recursosnas escolas municipais; realização de encontros e palestras sobre HIV/AIDS; realização de cursos de Educação Ambiental para professores; Realização de campanhas de enfrentamento ao trabalho infantil e capacitação de monitores do PETI; realização de eventos esportivos com os alunos da rede municipal, entre outras.

Aprovação – Apesar de não ter o papel de avaliadora desta e das demais ações a mediadora designada pela Comissão Selo Unicef, Jô Brasil deu seu parecer:
“Eu não avalio, eu constato a aprovação da própria comunidade em relação ao que o município tem como foco a criança e o adolescente. Eu imagino que esteja de muito bom tamanho, com um nível satisfatório. A minha ideia de que o que aconteceu aqui não é uma firula, não é uma invenção de apresentação. Eu percebo um nível de consistência na participação, no conjunto da obra porque não é só uma cena, é uma vivência. Esses passos estão bem alicerçados na consciência de que se deve acreditar na criança e no adolescente” –  afirmou Jô Brasil.
As informações trazidas pelo fórum serão encaminhadas para a Comissão do Selo Unicef para serem analisadas. A nota que determinará a manutenção do selo Município Aprovado deve sair  após o período eleitoral, em meados de dezembro.
“Esperamos que nosso município seja contemplado novamente” – torce a presidente do CMDCA, Dária Andrade.

II FÓRUM COMUNITÁRIO DO SELO UNICEF EDIÇÃO 2009 - 2012


O projeto Selo UNICEF Município Aprovado faz parte do Pacto Nacional Um Mundo para a Criança e Adolescente do Semiárido.

O municipio para conquistar o Selo será avaliado em três eixos: Impacto Social, Gestão de Políticas Públicas e Participação Social.
Venha fazer parte do II Fórum Comunitário no dia 24 de julho de 2012, a partir da 7h e 30min no Campo Clube de Senhor do Bonfim. Momento ímpar do nosso município onde vários representantes dos diversos segmentos da comunidade bonfinense que estarão avaliando o quanto nosso municipio avançou em relação ao Plano de Ação elaborado no I Fórum Comunitário realizado em setembro de 2010.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

MESMO FACULTATIVA, A EDUCAÇÃO INFANTIL DEVE FAZER PARTE DA VIDA ESCOLAR


Mais do que um lugar em que os pequenos ficam enquanto os pais trabalham, a pré-escola é um período de preparação à vida escolar e à convivência em sociedade, afirma Maria Ângela Barbato Carneiro, professora da Faculdade de Educação da PUC-SP. "Os seis primeiros anos da idade são fundamentais para o desenvolvimento da aprendizagem da criança. Quando bem trabalhados os conteúdos, todas as aprendizagens futuras vão se assentar nesse processo inicial", afirma a especialista em educação infantil.

Matricular os filhos na escola com essa idade não é obrigatório para os pais. Entretanto, devido à Emenda 59/2009, a partir de 2016 nenhuma instituição pode alegar falta de vagas para recusar alunos a partir de quatro anos. De qualquer forma, mesmo que hoje o ensino seja opcional, Maria Ângela aconselha os pais a colocar os filhos desde cedo na escola. "É importante porque a criança se socializa, é estimulada do ponto de vista afetivo, cognitivo e social, e tem a possibilidade de desenvolver toda uma parte de coordenação motora e uma parte artística que podem ajudar no aprendizado posterior", explica.

Crianças demonstram desenvolvimento 


Um dos fatores que levou a assessora de comunicação Elaine Cecília Nishiwaki a colocar a filha Giovanna, na época com dois anos, em uma escolinha na cidade de São Paulo foi a proximidade com o inglês. Mas não foi só isso. "A facilidade de aprender as coisas, de se relacionar com outras crianças e com outras pessoas, e o quanto isso vai ser benéfico no mundo em que vivemos hoje em dia, tudo isso me motivou", afirma. Além das atividades comuns em diversas escolas, a escolinha da pequena oferece capoeira, balé, culinária e cuidados com hortas.


Para a fonoaudióloga e professora carioca Lucélia Rodrigues de Sousa, optar por matricular o filho Artur, de dois anos, na educação infantil, foi uma escolha que levou em conta o fato de a creche proporcionar experiências que o pequeno não tinha no lar. "Eu entendo que a criança precisa de um ambiente que vá ajudar a desenvolver as inteligências dela. Muitas vezes, em casa, não temos esse ambiente que a escola pode proporcionar, em que podem ser trabalhadas regras e a socialização", afirma.

Após somente dois meses, a mãe já notou que Artur está com a coordenação motora mais trabalhada, segura o lápis de forma mais adequada, pinta melhor, presta mais atenção nas historinhas, organiza melhor as falas e incorporou novas palavras no dia a dia. Por fim, o garoto agora tem mais facilidade em se relacionar. "Antes, aqui no condomínio, mesmo junto de outras crianças, ele brincava sozinho. Agora, ele brinca com elas", conta.

Para que todo esse aprendizado tenha sucesso, a professora da PUC-SP explica que o professor vai sempre trazer os saberes à realidade infantil. "Quanto mais próximo do cotidiano dela, mais rápido ela aprende, porque vai entender no que vai usar esse conhecimento", elucida. Seja pulando amarelinha e descobrindo que pular duas casas é menos do que pular cinco, o que importa é que a criança se divirta. Se ela aprende enquanto brinca, melhor ainda.

"Atividades rotativas" são opção para não cansar os alunos 


A especialista Maria Ângela afirma que, para não cansar ou saturar os pequenos, é preciso fazer com que encarem todas as atividades como brincadeiras. Assim, não há uma divisão do ensino por matérias. "Quando a gente fala de conhecimentos matemáticos ou de português, a gente fala em fins didáticos, mas no contexto de dia a dia, a criança vai aprender tudo isso muito relacionado", afirma.


No colégio paulistano Dante Alighieri, por exemplo, os professores contam histórias, oferecem atividades como pintura e perfuração para melhorar a coordenação motora, trabalham com sílabas para desenvolver a consciência fonológica e fazem rodas de conversa, brincam com rimas, lendas e trava-línguas para trabalhar a oralidade. O processo educativo é divertido e as atividades fazem com que a criança se desenvolva sem notar que está aprendendo.

EDUCAÇÃO INFANTIL:DESAFIO É ENTENDER AS NECESSIDADES DO ALUNO

Muito antes de ensinar crianças a ler e escrever, escola e família devem estar preparados para lidar com uma série de outras necessidades que vão garantir que o aluno se desenvolva plenamente durante os anos seguintes. Voltada a crianças de zero a seis anos, a Educação Infantil é uma obrigação do Estado, mas inserir ou não a criança no ambiente escolar durante essa etapa é uma escolha da família. Especialistas afirmam que as diretrizes pedagógicas estão melhorando a qualidade do ensino, mas a área ainda apresenta carências.

Segundo a diretora da Divisão de Educação Infantil e Complementar (DEdiC) da Unicamp, Roberta Borges, a escola precisa prestar atenção às necessidades das crianças nesta etapa, que diferem dos alunos mais velhos. "A educação infantil esbarra na formação do professor e na organização de espaços. O professor realmente preparado deve realizar um trabalho voltado ao desenvolvimento da criança, e não apenas adaptar aquilo que é proposto aos estudantes maiores", diz.

De acordo com Roberta - também organizadora do 2º Fórum Internacional de Educação Infantil, realizado em novembro -, a Educação Infantil deve voltar-se às habilidades cognitivas sem deixar de lado o desenvolvimento afetivo e físico. "É preciso ensinar valores, regras, limites, como se relacionar bem com o outro. Esses pontos não recebem muita atenção das escolas. O físico também é muito importante. Ela deve aprender a cuidar do corpo, se alimentar de maneira saudável, ter uma rotina, se trocar", exemplifica. Segundo a professora, o desenvolvimento nos primeiros anos de escola - principalmente entre zero e três anos - é essencial para a formação posterior. "As experiências devem ser mais pausadas, para que ela realmente compreenda aquilo que está acontecendo e se desenvolva de acordo com sua faixa etária", diz.

As Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação Infantil, que contemplam normas de credenciamento e indicadores de qualidade, são responsáveis por regulamentar creche, frequentada de zero a três anos, e pré-escola, que antecede o Ensino Fundamental. Segundo a presidente da Organização Mundial para Educação Pré-Escolar de São Paulo (Omep/SP), Vera Miles, nessas duas etapas, a preocupação está voltada ao desenvolvimento pessoal, estimulando atividades lúdicas, a linguagem artística e oral, além de jogos simbólicos. "É uma fase para brincar. Os alunos são desafiados a resolver conflitos, cooperar e se relacionar", diz.

De acordo com a professora, a Educação Infantil tem avançado muito em relação a legislação, diretrizes e propostas pedagógicas, que tem o objetivo de garantir um ambiente adequado e seguro. Mesmo assim, garante, um dos maiores problemas está ligado à falta de preparo dos educadores. "Esses professores não sabem trabalhar com a família, com a comunidade, e isso reflete no espaço em que a criança passa a maior parte do tempo", afirma. A especialista também aponta problemas nos ambientes aos quais os alunos são expostos. "As instituições têm pouco material estimulante, poucos equipamentos adequados e hoje está sujeita a se tornar muito acadêmica. Isso porque os professores não tem uma visão prática das atividades que devem realizar em sala de aula", sugere.


Mudança na idade mínima gerou polêmica

Recentemente, uma mudança na idade mínima para frequentar o ensino fundamental também gerou polêmica entre especialistas. Anteriormente, a idade para cursar a 1ª série era de sete anos. Com a nova lei, crianças que completam seis anos até 31 de março estão aptas a cursar o 1º ano - que surgiu para servir de ponte entre as duas etapas. "A entrada no Ensino Fundamental aos seis anos preocupa porque os professores não estão preparados para lidar com esses alunos, que requerem uma metodologia diferente. A criança vai para o 1º ano e passa a ficar a maior parte do tempo sentada, seus pezinhos não alcançam o chão. Só que ela deveria estar brincando, já que a vivência deve ser a base desses primeiros anos", pontua.

A professora Roberta chama a atenção para a adequação do 1º ano de Ensino Fundamental. Segundo ela, é preciso dar continuidade ao trabalho que teve início nos anos anteriores. "Nessa faixa etária, não dá para avançar o conteúdo. É importante que ela continue construindo um raciocínio próprio de sua idade, que tenha, sim, atividades de leitura e escrita, mas que não haja uma antecipação dos conteúdos. Forçar uma evolução fora das possibilidades de sua faixa significaria um retrocesso", alerta.

Por outro lado, a especialista aponta aspectos positivos na alteração: "A educação infantil não é obrigatória, mas o ensino fundamental é, e essa mudança faz com que todas as crianças ganhem um ano a mais de desenvolvimento." A nova resolução aponta que, agora, os conteúdos do 2º ano equivalem à 1ª série de antigamente, permitindo que o aluno passe por um ano de adaptação a uma estrutura de ensino diferente daquela a que estava acostumada.
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