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sábado, 11 de agosto de 2012

MATERIAIS ADAPTADOS AUXILIAM NA INCLUSÃO DE ALUNOS ESPECIAIS

Recursos flexibilizados favorecem o aprendizado dos alunos com deficiência e alguns deles podem ser confeccionados na própria escola.

Ampliar as potencialidades cognitivas do aluno com necessidades educacionais especiais (NEEs) é um dos grandes desafios do trabalho de inclusão na sala de aula. Mas, mesmo com poucos recursos, é possível oferecer boas alternativas para atender às peculiaridades dos educandos adaptando materiais pedagógicos. O uso deles permite que os alunos sejam capazes de se expressar, elaborar perguntas, resolver problemas e se tornar mais participativos, permitindo assim uma maior interação social com os colegas de classe.

Providenciar a aquisição ou confecção desses materiais, portanto, é uma maneira de a escola proporcionar uma melhoria no atendimento e promover processos de aprendizagem em igualdade de condições. "Além da economia de recursos, a produção interna facilita a adaptação às necessidades dos alunos que os utilizam", explica Viviane Vivaldine, coordenadora do Programa Especial de Capacitação, da Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência (Avape), de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.

Na EM José de Calazans, em Belo Horizonte, todo aluno com deficiência, ao se matricular, passa por uma ampla avaliação por meio de conversas com a família e análise do histórico pessoal e escolar. A escola foi construída dentro de uma perspectiva inclusiva, com rampas e banheiros adaptados para quem tem dificuldade de locomoção, sendo referência no assunto na região. Atualmente, são 11 alunos com deficiências como paralisia cerebral e distrofia muscular. Eles estudam em salas regulares, compatíveis com a sua idade, o que facilita acompanhar o ritmo da turma. No contraturno, participam de atividades na sala de recursos e contam com o apoio de um estagiário - solicitado pelo gestor à Secretaria Municipal de Educação - que os auxilia durante as aulas, na alimentação e nos cuidados com a higiene.

Muitos dos materiais utilizados nas aulas foram produzidos na própria instituição. Garrafas e tampinhas de plástico servem para trabalhar conceitos de Matemática, como os de quantidade, com os deficientes visuais. Com o mesmo objetivo, os alunos com dificuldades motoras usam um jogo de memória - que é montado com rodinhas de madeira serrada de um cabo de vassoura - o que facilita o manuseio.

Recursos como esses também são úteis nas aulas de Educação Física. O bambolê com arroz e os dados com diversas texturas, por exemplo, são confeccionados para as crianças com deficiência visual. "Ao planejar as atividades, há uma preocupação para que ninguém fique de fora, independentemente do nível de habilidade", diz a professora de Educação Física Fernanda Pedrosa de Paula, que há nove anos trabalha com inclusão e, no ano passado, ganhou o Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10. Ela destaca o valor da integração dos alunos não só para eles mas também para toda a turma, já que estimula a capacidade de cooperação e a aceitação das diferenças.

Fonte: Portal da Educação Física

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