PUBLICIDADE

sábado, 16 de março de 2013

JOGO DE FUTEBOL E JOGO DE BOLA

Jogo de futebol é uma coisa, jogo de bola é outra. É o jogo de bola com os pés, essa brincadeira que aparece de diferentes formas em vários lugares do Brasil. É a pelada, a baba, a repetida, o controle e o bobinho, entre tantas outros. Jogos de bola podem ser muitos, mas jogo de futebol é um só. No jogo de bola o objetivo maior é a bola; o jogador empenha-se por controlá-la, por dominá-la, por exibir-se com ela. No jogo de bola, ela é a rainha, e o jogador, seu valete. No jogo de futebol o objetivo maior é o gol, é a competição, é a superação de um adversário. No jogo de bola o jogo se adapta aos jogadores; no jogo de futebol os jogadores se adaptam ao jogo. No jogo de bola não há trabalho, só há diversão; o compromisso do jogador é com ele mesmo. No jogo de futebol há trabalho, embora também devesse haver diversão; o compromisso do jogador não é só com ele, mas com dirigentes, empresários, torcidas, salários. No jogo de futebol há muita mistura com o jogo de bola, porque o futebol nasceu da brincadeira. No jogo de bola também há coisas do futebol. Há jogadores de futebol que conservam muito do jogo de bola e brincam quando praticam o futebol. Há outros que pouco sabem brincar, levam o jogo muito a sério, são mais objetivos. Seria bom que os jogadores de futebol nunca deixassem de ser jogadores de bola, porque isso garantiria um jogo mais criativo, mais leve, mais imprevisível. Mas os jogadores de futebol não poderiam ser só jogadores de bola; teriam que saber equilibrar uma coisa com a outra. Enfim, nem só jogo de bola, nem só futebol, nem tanto ao mar, nem tanto à terra. O jogadores de futebol brasileiros já foram mais jogadores de bola que o são hoje; praticavam um futebol mais bonito, mais brincado. Aos poucos foram deixando a brincadeira de lado e se tornando mais sérios, mais trabalhadores, e nosso futebol foi ficando mais feio, e menos eficiente.
 
Quem quiser aprofundar esse tema pode ler, por exemplo, o belo livro de Alcides José Scaglia: “O futebol e as brincadeiras de bola”, Editora Phorte.
 
Fonte: Blog do João Freire

terça-feira, 12 de março de 2013

MÉTODOS DE ENSINO: QUAL A MELHOR OPÇÃO?


Em época de volta as aula, é comum os pais enfrentarem questionamentos sobre a melhor escola para seus filhos e, até mesmo, sobre o melhor método de ensino. Como escolher bem o local em que a criança passará grande parte da sua vida, desenvolverá suas habilidades e seu conhecimento sobre o mundo? A tarefa não é nada simples.
Para tentar ajudar quem está nessa situação, a pedagoga Larissa Fonseca* explica que, além do método de ensino Tradicional, as instituições adotam também pedagogia Waldorf, Construtivismo, Montessori ou Pragmatismo. Assim, é essencial que as características de cada um desses métodos estejam claras para os pais.
"O ensino Tradicional, por exemplo, tem o aluno como passivo no processo de aprendizagem. Acredita-se na transmissão de conteúdos dos professores para os alunos", esclarece Larissa. "Por outro lado, o Construtivismo (teoria criada por Jean Piaget) parte do princípio que as crianças são ativas no processo de aprendizagem, construindo seus conhecimentos a partir das experiências vivenciadas no dia a dia e suas descobertas, feitas pelo contato com o mundo e com os objetos".
Segundo a pedagoga, a teoria Montessoriana (desenvolvida pela médica Maria Montessori) é fundamentada na estimulação da criança por meio da manipulação de objetos. A própria médica criou o material educativo a partir do qual a criança explora e realiza diversas tarefas (pré-organizadas pelos educadores) de forma livre, gerando, assim, suas aprendizagens.
"A pedagogia Waldorf é uma linha antroposófica, criada a partir das idéias do filósofo alemão Rudolf Steiner, que busca o desenvolvimento da criança nos diferentes aspectos, incluindo físico, social, individual e espiritual.
Ao invés de serem divididos por séries, os alunos são separados de acordo com a faixa etária, não havendo repetência. As aulas incluem artes até marcenaria".
A outra linha, denominada Pragmatismo, foi elaborada no início do século pelo educador norte-americano John Dewey e privilegia a resolução de problemas e ciência aplicada.
"Diante de tantas opções, uma variedade de aspectos deve ser considerada pelos pais na hora de fazer suas escolhas, abrangendo questões práticas como localização, preço e horário de atendimento, até a metodologia e filosofia da escola", reforça Larissa. "Também é fundamental observar as características comportamentais da criança, assim como, seus interesses".
Veja algumas dicas que podem ajudar no processo:
- Verifique se os valores da escola e a linha que a instituição segue na educação das crianças estão de acordo com as expectativas da família.
- Averigue a formação dos profissionais da escola.
- Observe os recursos pedagógicos (brinquedos, materiais didáticos)
- Examine as salas de aula, a disposição e adequação dos móveis, materiais, limpeza, segurança.
- Conheça a proposta pedagógica da escola.
- Verifique se a instituição promove cursos, reuniões e propostas de formação continuada para seus profissionais.
- Conheça a rotina das crianças e solicite uma visita de observação, para acompanhar a turma em atividade.
- Certifique-se se a escola reconhece seu papel de responsabilidade social.
- Indague sobre os métodos de avaliação e com que frequência são executados.
*Larissa Fonseca é Pedagoga, pós-graduada em Educação Infantil e Psicopedagogia. Possui especialidade em Psicanálise e Educação pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) e em Comportamento e Desenvolvimento Infantil. www.larissafonseca.com.br
 

O QUE É WALKING DANCE?


Essa é proposta do Walking Dance, uma aula de dança sobre a esteira ergométrica, que promete atrair as pessoas que querem algo mais do que uma simples caminhada, mas não se identificam com corrida.
Segundo o educador físico Eduardo Netto*, o Walking Dance foi idealizado pela bailarina Heloisa Gouvêa, que desejava uma nova modalidade de exercício aeróbico, que fosse divertida e prazerosa. "Visando obter respaldo científico sobre a efetividade da nova prática, assim como sua segurança, foi feita uma parceria com a Universidade de São Paulo e desenvolvidas duas pesquisas", explica Eduardo.
"Os testes na área de biomecânica concluíram que a atividade produz um impacto superior ao da caminhada e menor do que a corrida, o que levou o Walking Dance a ser classificado como de baixo impacto. O estudo de analise cardiorrespiratória mostrou que o exercício é uma alternativa excelente para as pessoas que objetivam o treinamento aeróbio e consequente perda de peso, pois 60 minutos de aula propicia um gasto energético médio de 500 calorias".
Além de sair da rotina e melhorar a capacidade cardiovascular, Eduardo conta que o Walking Dance ajuda a aliviar sintomas de estresse; favorecer a qualidade do sono; aprimorar a flexibilidade e a coordenação motora; promover o bom humor e a autoestima; dentre outros benefícios.
"A aula tem duração de 50 minutos e pode ser acompanhada por jovens a partir dos 12 anos de idade com condições físicas mínimas para realizar uma caminhada. É necessário ter controle do corpo e coordenação, respeitando sempre a individualidade biológica".
De acordo com Eduardo, a restrição para a prática de Walking Dance acorre nos casos de labirintite não medicada e lesões articulares nos membros inferiores.
Consulte um médico, faça uma avaliação física e procure orientação especializada ao iniciar uma prática esportiva.
Fonte: Portal da Educação Física

sábado, 9 de março de 2013

APTIDÃO FÍSICA E SAÚDE NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: AMPLIANDO O ENFOQUE

A prática regular e bem orientada do exercício físico pode ser vista como uma contribuição importante para a saúde. Com base nessa relação positiva entre exercício e saúde surge, em meados da década de 80, o movimento da "'Aptidão Física Relacionada à Saúde" (AFRS) para a educação física escolar. Esse movimento, que advoga a idéia da aptidão para toda a vida e a construção de estilos de vida ativa nas pessoas, visa a contribuir para a melhoria da saúde e da qualidade de vida da população. Embora esse movimento possa ser considerado um avanço em relação ao que vem sendo ensinado na educação física escolar, ele não está isento de críticas. Dentre as principais críticas, estão a idéia de causalidade entre exercício e saúde e o caráter eminentemente individual de suas propostas, o que concorre para a culpabilização da vítima. Como forma de superar essas lacunas, discutimos a necessidade de a AFRS considerar o caráter multifatorial da saúde, incorporando os determinantes sociais, econômicos, políticos, culturais e ambientais do exercício, da aptidão física e do desporto. A compreensão da influência desses fatores na adesão ao exercício físico por parte dos alunos, seria, a nosso ver, o grande papel da educação física escolar.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...